Transtorno do Processamento Sensorial

Transtorno do processamento sensorial

Escrito por Sigla Educacional

28 de janeiro de 2023

Transtorno do Processamento Sensorial: Em seu podcast “Quem Pode, Pod”, Giovanna Ewbank revelou que seu filho do meio, Bless, 8 anos, tem “síndrome sensorial”. O transtorno sensorial ainda não foi incluído nos manuais de medicina, entretanto, já é reconhecido pela comunidade da saúde e pode ser um dos componentes de outros tantos transtornos, como transtorno do espectro autista (TEA), transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) ou dispraxia e pode também aparecer de forma isolada.

O Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) é uma condição que afeta a forma como o cérebro processa as informações sensoriais, que podem ser visuais, auditivas, táteis, gustativas ou olfativas. Ele Transtorno do Processamento Sensorialpode afetar todos os seus sentidos ou apenas um e geralmente significa que você é excessivamente sensível a estímulos que outras pessoas não são. O distúrbio também pode causar o efeito oposto. Nesses casos, são necessários mais estímulos para impactá-lo.

Para entender a hipersensibilidade imagine a seguinte cena: você está em um ambiente muito quente e liga o ventilador. No momento que o ventilador é ligado você escuta seu som com uma intensidade que pode incomodar. Após algum tempo o barulho do ventilador passa a não ser tão importante e você se acostuma com a presença dele, apesar do som não ter ficado menos intenso. O que aconteceu? Seu cérebro percebeu o momento que o ventilador foi ligado, gerando uma “informação elétrica robusta”. Com o tempo seu cérebro percebe que esse som é contínuo, que não varia e que não é necessário gastar energia com esse estímulo. Portanto, o estímulo que antes era robusto fica pequeno e o barulho que antes causava incômodo passa desapercebido. Quando você irá perceber que esse estímulo estava presente no ambiente? No momento que o ventilador foi desligado, quando você sentirá um certo “alívio”, pois houve mudança no estímulo enviado ao SNC. Para indivíduos com TPS não haverá diminuição do impulso elétrico, o estímulo robusto será constante e o som permanecerá alto o tempo inteiro, sem haver acomodação.

As crianças são mais propensas do que os adultos a ter TPS. Mas os adultos também podem apresentar sintomas. Em adultos, é provável que esses sintomas existam desde a infância. No entanto, os adultos desenvolveram maneiras de lidar com o TPS que os permitem lidar com o distúrbio sem que os demais percebam.

Sintomas de Transtorno de Processamento Sensorial

As crianças que têm TPS podem reagir exageradamente aos estímulos sensoriais que os atingem. Ou eles podem reagir de forma insuficiente à entrada sensorial. Isso faz com que eles desejem estímulos de busca de emoção mais intensos. Alguns exemplos incluem pular de coisas altas ou balançar muito alto no parquinho. Além disso, crianças com TPS nem sempre são apenas hiper ou hipossensíveis, eles podem ser uma mistura de ambos.

Alguns sinais de hipersensibilidade podem servir de alerta:

Se queixam que a roupa está arranhando ou coçando demais.

  • Reclamam que as luzes parecem muito brilhantes.
  • Se incomodam com sons e relatam que eles parecem muito altos.
  • Mesmo toques suaves são difíceis de suportar.
  • Reclamam da textura dos alimentos e experimentam episódios de engasgo.
  • Têm pouco equilíbrio ou parecem desajeitados.
  • Têm medo de brincar nos balanços.
  • Reage mal a movimentos bruscos, toques, ruídos altos ou luzes brilhantes.
  • Podem ter problemas de comportamento.
  • Alguns sabores parecem muito intensos e difíceis de suportar.
  • Certos odores, que para muitos passam desapercebidos, para eles são bastante incômodos.

As crianças podem ser pouco sensíveis (busca sensorial) se:

  • Não conseguem ficar parados
  • Buscam emoções (adora pular, alturas e girar).
  • Podem girar sem ficar tonto.
  • Mastigam coisas (incluindo suas mãos e roupas).
  • Busquem estímulos visuais (como eletrônicos).
  • Tem problemas para dormir.
  • Não reconhecem quando o rosto está sujo ou o nariz escorrendo.
  • Gostam de sons mais altos.

Já existem opções terapêuticas que irão auxiliar os pacientes com TPS a “calibrarem” os estímulos que os atingem. Por isso orientações de profissionais da saúde serão de suma importância.

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